segunda-feira, 23 de junho de 2008

Mensagem a Não Violência.

A violência não deve gerar mais violência para que a mesma não continue a se estender, envolvendo esta sociedade responsável, mas irresponsável no seu ato de proteger os indefesos da crueldade humana.

A causa primeira é a educação elitista existente. A minoria desfruta da melhor assistência e a maioria é desprezada e despreparada para viver socialmente.

A penúria gera revolta, rancor, vingança e paga o inocente que, traumatizado, sofre duras conseqüências e passa a descrer de seu direito de liberdade tão enaltecido pelos maiores.

Devido à violência, a sociedade está enfrentando, a cada momento, agressões que deixam marcas profundas nas vítimas de agressores insensíveis aos sentimentos humanos.

Destituídos de consciência, permitem-se tudo poder, tudo fazer sem medo de represálias, pois, no momento, a justiça dos homens está falida, carente de reformas e adequação a esta sociedade violenta que vem se estabelecendo, com o aumento da miséria.

Esta gera revolta, manifesta nos atos dos menos favorecidos pela educação e pela assistência por parte daqueles que deviam tudo fazer em termos da ordem e do progresso do país, do estado, da cidade e da comunidade.

O resultado é a grande crise que se abate sobre a sociedade em agonia.

O momento é de extremo perigo.

Se a violência não for contida, disciplinada, graves conseqüências se abaterão sobre a sociedade, sobre a família e sobre as comunidades desejosas de paz, de tranqüilidade e de harmonia.

Olhem as conseqüências funestas das violências praticadas: assaltos, lutas, agressões a velhos, mulheres e crianças.

Todos estão a mercê da índole malévola de tantos que fazem parte da marginalidade social.

Tudo está a descambar.

É caro o preço do direito à liberdade.

É proibido o direito de ir e vir.

É violado o direito à privacidade.

Inexiste a segurança domiciliar e nem o direito de propriedade é mais respeitado.

Que mundo é este que estamos a construir quando falamos em Nova Era, Novo Amanhã, quando tantos são injustiçados, violentados e agredidos nos seus direitos humanos?

É sério o nosso momento!

É necessário parar, pensar, refletir e reconhecer que, voluntária ou involuntariamente, somos coniventes com tudo que aí está.

Conscientizemo-nos que cabe cooperarmos para um Mundo Melhor, assistindo à miséria que desce do morro e se instala junto de nós a clamar pelo pão, pelo remédio, pela esmola, pelo abrigo, pela proteção, pela escola.

Se nos mantivermos surdos aos apelos da miséria, do abandono, não poderemos, no amanhã, responsabilizar os que fazem uso da violência, da agressão na conquista de seu espaço, por ínfimo que seja.

Estamos a erguer a bandeira da solidariedade, da fraternidade que mudou de nome, renunciando ser chamada de caridade cristã.

Somem-se aos idealistas, aos trabalhadores por uma sociedade digna, respeitosa, humana , fraterna e estarão participando da construção da sociedade Nova Era, baseada no princípio da responsabilidade consciente.

Igrejas, associações, comunidades, se façam uma frente de trabalho pela extinção da miséria.
O Pai os abençoará e terão a paz interna por " servirem amando".

Trouxe a minha esperança por um mundo melhor, para o coração de todos vocês.

Gritemos bem alto:
" que a miséria se faça experiência de um passado de dor".
Que assim seja!

Frei Celso


Fonte: http://www.guianet.com.br/

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